10.28.2009

Biografia de TOM KEIFER (Cinderella)



CINDERELLA ROUBANDO A CENA NO FESTIVAL DA PAZ EM MOSCOW EM 89!
____________________________________________________________________________
Artigo de Jake Brown sobre biografia de Tom Keiker, vocalista do Cinderella!

Álbuns da banda:

1986 NightSongs
1988 LongColdWinter
1990 HeartbreakStation
1994 Still Climbing

Minha tradução fiel como homenagem à esse grande músico, compositor e cantor!
_________________________________________________________________________________
A revista Rolling Stone chama Tom Keifer de " um determinado, bluesy, (rocker) com arrogância genuína o suficiente para desenhar comparações com Mick Jagger." Os Rolling Stones celebraram o Delta Blues em suas músicas e som mencionando músicos como Ry Cooder, Leadbelly, Howlin' Wolf, Muddy Waters, and Willie Dixon entre outros como um derivado de 25 anos anteriores. Tom Keifer e sua banda Cinderella reinjetaram essa influência dentro do conceito Rock n' Roll quando eles estouraram na cena hard rock em 1986. Onde a maioria dos contemporâneos hard rock/pop metal de Keifer cresceram na terceira geração do Rock n' Roll (que implica tambem influências do blues), Tom escolheu, ainda jovem, buscar de volta dentro do âmago do som de Delta Blues, que foi dado como primeiro presente de aniversário de uma infância Rock n' Roll.
Rapidamente cravando um nicho como um renascentista cantor/compositor de blues-rock com seu primeiro trabalho com Cinderella, Night Songs, que despejou os hits 'Nobody’s Fool', 'Shake Me', e 'Somebody Save Me', Tom Keifer e companhia começaram uma jornada em um caminho rápido de sucessos que poderia  ser notável e disciplinado ambos em termos de foco musical de Keifer e as influências da banda por décadas de som.
Talvez esse foco seja parte do que fez Cinderella ficar musicalmente no mesmo patamar de gerações diferentes de rock. A sofisticação sentimental das canções de Tom no próximo álbum da banda, o ícone Long Cold Winter levaria o gênero hard rock, pois os fãs conheciam bem o psique boêmio do músico viajante mesmo que isso já vinha antes de um contexto daquela geração. Long Cold Winter lançado em 1988, foi uma verdadeira narração penetrante, viajando entre altos e baixos da vida na estrada vindo dos olhos de alguém como verdadeiros ciganos do rock. Composto por Keifer quase totalmente na estrada durante a turnê Night Songs, todos os hits do álbum, incluindo 'Don't What You Got  Till Its Gone', 'Gypsy Road' e 'Coming Home' ofereceram aos ouvintes um autêntico vislumbre e apreciação por sofrimento da vida na estrada que não tinha sido tão brilhante capturado em música desde os dias de Bob Serger em 'Turn The Page' e Willie Nelson em 'On The Road Again'.
A revista Rolling Stone declarou ousadamente em uma nota sobre o álbum que "Long Cold Winter é realmente uma partida radical vindo de um rock sem adornos de Night Songs, o primeiro álbum do Cinderella de 1986. Com as variedades que ele oferece, este álbum deixa seu prodecessor na poeira...Isto...Cheio de momentos fortes, e...exibe um admirável desejo de Cinderella de tomar um impacto de alguma coisa diferente...A excelente relação musical, experiência e conhecimento prático mostrado no álbum...fez Cinderella uma força reconhecida."
O terceiro e talvez mais aperfeiçoado álbum da banda, Heartbreack Station foi imediatamente reconhecido por sua realização em termos de sua autenticidade de suas músicas e som, e como uma verdadeira obra-prima que poderia permanecer entre as gravações mais finas de rock. Heartbreack Station fez de Cinderella membros permanentes do rock de elite, particularmente via o hit comovente de 'Heartbreack Station', que importuna uma alma instigante e autêntica semelhança com 'Love In Vain' de Robert Johnson em termos da essência da solidão capturada nisso. De acordo com AllMusicGuide.com, com este álbum, Cinderella criou uma ironia, um álbum sexy de hard rock que artísticamente foi seu mais fino momento...Heartbreack Station mostra que Cinderella tem mais puro Rock n' Roll determinado que a maioria das bandas de metal dos anos 80."
Enquanto isso a Rolling Stone deu à Tom Keifer talvez seu maior elogio crítico por seu reconhecimento de músico e compositor que ele realmente se tornou, notando que "Heartbreack Station é incrivelmente amável e audacioso: Voçê teria que procurar muito pra encontrar blues puro, esta consistência cativante e rítmica, este variado,...Heartbreack Station poderia provar o mais inevitável hard rock desde Appetite For Destruction."  Heartbreack Station não foi só uma celebração da realização das composições de Keifer, mas também uma deixa aos integrantes do Cinderella em o que eles têm sido como banda em termos musicalísticos. A Rolling Stone disse também na nota sobre o álbum que aquela repercussão, comentando específicamente que eles se elevaram ao desafio musical do material de Keifer pela autenticidade "temperando suas penetrantes tendências com cordas, saxofones, logrolling bottleneck blues, piano de bordel, pandeiros e o que soa como uma harpa, garotas que dão suporte à Keifer correspondem a Big Brother e Holding Company, passando por pit stops na vizinhança não só de Bad Company, Humble Pie e Le Zeppeling mas também de Allmans, James Brown e até Flying Burrito Brothers."
Em 1991, as músicas de Tom Keifer e o som de Cinderella capturou o coração de milhões de fãs de rock em todo o mundo (14 milhões pra ser exato em termos de venda), e já alcançou um legado e lugar no Rock n'Roll  talvez como a única, verdadeira e autêntica banda de hard rock blues dos anos 80. Bem seguro do sucesso de Heartbreak Station, uma súbita reviravolta do destino marcou o começo de um trágico período na vida de Tom, profissionalmente e pessoalmente. Foi um suposto começo de uma parada entre uma banda dos Estados Unidos e o Japão na turnê de 91 de Heartbreak Station, em um dia de rotina, quanto estava em seu estúdio em casa pra gravar, ele simplesmente descobriu que não podia cantar. Mais assustador que o silêncio de sua própria voz era que os médicos viram que não podiam dar nenhuma explicação pela perda de sua voz! A única resposta que Keifer conseguiu foi o óbvio, que sua voz tinha desaparecido. Finalmente Tom encontrou um especialista na Filadélfia que explicou que ele teve paralisia de um nervo que controla a corda vocal esquerda. Em soma dessa experiência indesejável se submeteu a sirurgias delicadas para remover um quisto e reparar uma hemorragia, o meio de recuperação de Tom para corrigir a paralisia foi por terapia vocal no qual literalmente Tom teve que aprender a cantar de novo. Treinando muito sua voz e trabalhando junto com terapeuta e especialista, Keifer, depois de 12 anos de batalha, finalmente obteve a vitória da recuperação total que o fez cantar melhor que nunca!
Somando-se a essa batalha de Tom com suas cordas vocais, ele também perdeu sua mãe durante esse período no começo dos anos 90.  Estas tragédias inteiraram as músicas no quarto álbum da banda, Still Climbing, lançado pela Polygram em 1994. Apesar do álbum ter vendido muito bem entre os fãs, faltou suporte da gravadora devido a uma mudança na tendência do rock pop metal para o grunge, negando a oportunidade do verdadeiro alcance que os álbuns anteriores de Cinderella tinham aberto as portas comercialmente e tranquilamente pra Keifer começar a focar em sua carreira solo. Enquanto Tom esteve lutando com suas cordas vocais, o desmembramento da banda em 95 foi uma mudança bem-vinda para o músico pessoalmente. Situando-se novamente em Nashville em 97, Tom gastou seus próximos anos focando exclusivamente naquilo que mais ama, compor. Ele colaborou com músicos country como Andy Griggs, e trabalhou metodicamente em escrever e reescrever material pelo que se tornaria seu primeiro solo, exatamente em 2005. Parte do começo do milenio, Tom se reuniu com seus parceiros do Cinderella num período de verão fez turnês e no ano passado (nota minha: isso foi escrito pelo autor em 2005), começou uma família com a esposa Savanna Snow (também compositora), onde nasceu o primeiro filho do casal em fevereiro de 2004. O último feito de Tom Keifer, um álbum solo ainda sem título de hard rock que trará um círculo cheio de sua evolução como um artista de hard rock com influêcias blues. Antepassados do blues como Son House (um mentor de ambos Muddy Waters e Robert Johnson), uma vez escreveu se 'Eu não tivesse nenhum blues, não estaria satisfeito.' Tendo vindo de um círculo cheio pessoal e artísticamente, em virtude de sua nova vida e álbum, Tom Keifer concordaria...

Artigo: Jake Brown, presidente da Versailles Records
Tradução: Eliana Lara Delfino

FRINGE


FRINGE está em sua segunda temporada, indo para o quinto episósio nos "States"! Aqui bo Brasil, terça-feira começou a exibição dessa nova temporada!
Olá companheiros "afringionados"; é bom estar de volta. Depois da última e quase-perfeita semana dentro da crescente mitologia de Fringe (Momentum Deferred), o episódio dessa semana foi um fino exemplo das coisas que me preocupam (aqui quem fala é o autor Adam Morgan) nessa segunta temporada.
Fringe funciona melhor quando é um meio sequência (como Lost acho), ou meio drama (como Law and Order). Em um desses episósios híbridos, nossos amados personagens irão se agarrar em uma ameaça individual enquanto que simultaneamente descobrir o grande mistério seguido de suas próprias histórias pessoais. Sim, esta temporada, mais que claro, episódios 1 e 4 abraça a mitologia da série, e como está claro, episódios 2, 3 e 5 caracterizados "desconectados" de suas estórias sem muita importância ou sequências.
Não é que esses episódios "desconectados" são ruins - a direção desta temporada vem sendo boa - audiência alta toda semana - é que eles acham isso irrelevante. Talvez a série me provará que estou errado, e o Colonel do episódio 2.03, por exemplo, se mostrará o maior jogador no Last Great Storm. Seria muito bom...Eu amo Stephen McHattie (Colonel Raymond Gordon)! Mas desatento, três dos primeiros cinco episódios da segunda temporada me pareceram irrelevante.
Em Dream Logic, nosso disponível vilão era um brilhante pesquisador do sono com multiplas personalidades que se tornou viciado às experiências dos sonhos armazenados de seus pacientes. Aparentemente, muito infectado, ele nem mesmo espera por seus pacientes dormirem antes de começar o processo no cérebro. Como resultado, eles entram em um estado de caminhar sonhando. Mas alguém pode explicar por que isso os leva á experiências de pesadelos que os fazem caminhar dormindo? E então os responde com extrema violência? Quando foi a última vez que voçê sofreu violência física em seus sonhos?
O último ato se revela com Dr. Nayak como o vilão foi um pouco chato, já que todos nós vimos isso desde a introdução do personagem. Nossa paciência foi testada até mesmo pelo retorno de Bowling Alley Yoda, Sam Weiss, que ganharam meu voto como piores personagens de série. Olivia não é a única que sente que está perdendo tempo cada vez que ele abre sua boca. E essa semana, o Magic Business Card Word Jumble ( jogo que forma palavras) tomou todo o tempo do meu favorito show.
Mais um pouco de "reclamações". O que aconteceu com a agente Jessup? Por que ela se sobresaiu no "premiere"? Nós não a temos visto desde que ela tropeçou sobre uma bíblia no episódio 2.02. E os novos espectadores pegaram o diálogo meio distraídos, como quando Walter sentiu que precisava lembrar Peter que St. Claire estava num hospital mental onde foi enterrado. Outro problema da temporada: personagens tem o hábito de contar o passado em longos monólogos, que nunca foi bom para um evento televisivo. Se é uma informação irrelevante, deveríamos ver isso, como aconteceu com Peter em sua memória no final do episódio.
Reclamações a parte, eu fiquei intrigado com essa cena, porque não foi muito como imaginei nosso Walter roubando nosso Peter e trazendo-o devolta das realidades divididas. Sacudindo-o da cama? Por que? Esperamos muito que revisitaremos o passado de Peter em breve (e não em monólogo). Eu também amei a cena humanizada entre Olivia e Peter materalizando uma escova de dente.
Nosso próximo episódio, Earthling, esperamos muito que nos traga de volta pelo menos mais tangível a Gerra entre Realidades. Com mais mudanças, e com seus líderes "Ralph-Fiennes" agora redefinidos, a Divisão Fringe não deveria estar focada em encontrar a exclusão de alguém mais?

Tradução Eliana Lara Delfino

Documentário sobre The Rasmus de 2006













Uns dos trabalhos que realizei no The Rasmus Brasil:

THE RASMUS – O DOCUMENTÁRIO – 9.04.06 (1º PARTE)

Rasmus – O Documento

Lauri: “Ter sucesso é muito mais que a dimensão do conceito, porque eu poderia dizer, temos feito muito sucesso porque estamos juntos por quase 11 anos(agora são quase 13) e toda nossa vida tem sido pela música. Mas se você olha para os números novamente, meio milhão de cópias vendidas é uma coisa inimaginável, e já não consigo entender. Quando há um tempo atrás tínhamos vendido por exemplo 10.000 álbuns, eu imaginava se visse 10.000 pessoas em nossa frente, segurando nosso álbum, seria uma vista considerável, mas agora eu já não consigo mais imaginar quantas pessoas ouvem nossa música, e que já deve estar multiplicado por um milhão e meio.”
Aki: “ É legal agora, que com a banda, eu encontro pessoas que são meus próprios ídolos, por exemplo, Dave Grohl, que foi muito educado, nós o encontramos na Alemanha, num festival sobre o terremoto, e na verdade foi assim que esse cara, que tocava no Nirvana, veio até mim me perguntar se eu sou o baterista do The Rasmus. E isso é muito bom pra mim. Eu fiquei muito feliz e mal saiu uma palavra da minha boca.”
Lauri: “Eu não acredito muito em talento. Acho que muitas das bandas que gosto, de algum jeito descobriram seu próprio estilo ou algum tipo de fórmula pras coisas darem certo. Também acho que nenhum de nós tem sido um super músico ou talentoso fazendo música, mas de algum modo essa atitude e a consciência da situação, provavelmente nos tão longe.”

6.08.2005 – Entrevista na Rádio Suomipop, Eero e Pauli.

Entrevistador: “Pauli e Eero, oi!!”
Eero: “Oi oi!!”
Pauli: “Oi!!”
Ent.: “Como foi o verão de vocês? Parece que vocês não tiveram muitos shows?”
Eero: “Não, não tivemos muitos shows. Em breve o álbum sairá e teremos uma turnê com ele.”
Pauli: “Sempre quisemos fazer as melhores músicas, melhor que qualquer um. Eu não digo que tínhamos que fazer ou algo assim, mas é por isso que conseguimos chegar tão longe, na minha opinião. Nós dividimos um sonho e confiamos em nós mesmos, e sempre tentamos o melhor de nós se não perto disso, e ainda assim conseguimos mais perto do que qualquer um, que quisesse fazer só uma boa música. E somos muito ansiosos em fazer isso e todo dia fazemos alguma coisa pra que isso aconteça. Então quando as pessoas não conseguem sucesso, elas começam se drogar, beber e se esquecem completamente a razão do que porque eles foram tão longe, que é a música, mas nós temos isso e vice versa(The Ramus e a música), nós vamos as origens pra fazer música.”

Eero: “Hoje em dia me sinto totalmente maduro, às vezes, embora ainda sou um homem jovem, mas às vezes eu só sinto que poderia enxergar mais além, mas claro, isso é só uma ilusão. É claro que a vida sempre trás aventuras e estímulos entre outras coisas.”

O Começo (2ªParte)

Lauri: “Bem, a razão de termos formado a banda, ao menos pra mim pessoalmente, foi fazer alguma coisa que me sentisse bem, e claro conseguir a atenção das garotas, isso era uma grande coisa, mesmo que não ficássemos falando alto pra todo mundo ouvir. Mas era como, antes da banda você era só um perdedor, então algum tempo, quando fizemos uns shows em festas Natalinas da escola, conseguimos retorno disso e isso foi bom.”
Lauri: “A primeira banda que eu toquei, era uma banda com o Eero, no 3º ano, nós tínhamos 10 anos, eu tocava bateria então o Eero já tocava baixo, e começamos a formar tipos de grupos, alguns jogavam hockey no gelo, e alguns ouviam a música e tingiam seus cabelos. Eu me lembro desses tipos de coisas do Eero, ele sempre nos assustava quando chegava na ecola, e um dia ele mesmo cortou o cabelo, ficou careca, parecia ter 40 anos e nós estávamos no primeiro colegial, e era muito legal na época, e todo mundo tentava alguma coisa pra não ficar de fora.”
Lauri: Pauli e Janne eu conheci quase na mesma época, eu acho. Nós ouvíamos ‘Smell Like Spirit’(Nirvana) e Janne tinha uma lâmpada que piscava em seu quarto e lá a gente se batia com travesseiros e demolíamos a ansiedade de adolescente. Rasmus começava a ganhar forma.”

Yle – Entrevista em Lasipalatsi, Helsinki – 17.09.2005

Entrevistador: “E agora, acaba de chegar ao nosso estúdio The Rasmus, e pra começar nós ouviremos a primeira música do novo álbum Hide From The Sun.”

Pauli: “Bem, nós éramos tão jovens, 15-16 anos, claro que pensávamos que iríamos tocar fora do país e tínhamos extremamente idéias inocentes, e nós desistimos da escola e tudo mais...mas tudo começou muito bem, trabalhamos tanto, não tínhamos nenhuma grande gravadora, e fizemos muito pra conseguir o primeiro empurrão.”
Eero: “Como muito jovens, a energia é diferente, é como ‘agora estamos falando de vida ou morte’, e ‘agora tem que funcionar ou iremos trabalhar num escritório.”
Lauri: “Teja tem sido de grande importância na nossa carreira. Ele se apaixonou por nós e nós por ele à primeira vista. Nós estávamos trabalhando no Oranssi naquele tempo, Teja era uma pessoa importante lá dentro e depois de um grande show que fizemos lá, ele veio até nós pra dizer ‘garotos, e se nós fizéssemos um CD já’ e então começou, como ‘primeiro cativamos Helsinki, depois Finlândia, e então o mundo’, como ele disse, e nós respondemos ‘é, parece ser um plano muito bom, vamos fazer então’.”
Teja: “Eu me lembro claramente quando vi The Rasmus como banda da primeira vez. A banda tocou, saiu do palco e foi pros bastidores, então eu fui logo atrás, totalmente decidido ir até a porta (do camarim) e que seria empresário deles. Bem, eu sinceramente nem sabia o significado de cada palavra antes de checar o dicionário.”
Lauri: “Teja foi direto lá e disse ‘comecem a tocar desde já’. Ele deve ter sido muito duro em seus anúncios, mas por ter sido um ex-punk ele conseguiu com que as pessoas o ouvissem.”
Teja: “Rasmus era uma p* banda. As coisas fundamentais estavam no caminho certo. Era uma banda formada por amigos, podia se ver a conexão entre eles, funcionava muito bem. E eles tocavam bem, e tinham músicas boas. É uma boa fonte para uma banda.”
Eero: “Eu acho que quando éramos jovens, adolescentes, você tem algum tipo de crença do que está fazendo e de sua própria imortalidade, e isso era a grande sensação, que alguém gostasse de nossa música e do que estávamos fazendo.”

A Yle – O entrevistador continua

Entrevistador: “Vamos recordar os primeiros passos de sua carreira. Pois eu andei procurando velhos arquivos de gravações da Yle e, à propósito, posso dizer que depois de tê-los ouvido, que vocês estão com uns dez anos de carreira, e provavelmente muita coisa deve ter chateado vocês em entrevistas! Parece que foi em 96, vamos ouvir.”

Entrevista velha:
Entrevistador: “Este álbum já está à venda, vocês têm idéia de quanto foi vendido?
Um dos garotos: “Eu na quero saber.”
Outro: “Nem eu.”
Eero: “Esta semana nós estamos na 63ª parada. *risos*
Entrev.: “Vocês realmente não querem saber quanto foi vendido? Vocês sofrem pressão?”
Alguém: “Pelo menos não.”
Pauli: “Não tem pressão, mas não estou nem aí...”
Entrev.: “Por que não?”
Pauli: “Ah, não é natural.” *risos*
Entrev.: “Bem, eu estaria um pouco interessado.”
Pauli: “Ah, é interessante, mas assim mesmo na quero saber.”

De volta ao Lasipalatsi - *risos*

Eero: “Bem, nós tínhamos um jeito tipo próximo do absurdo, um pouco do estilo tipo ‘cabeça’ que não falava nada sério, muitas coisas na cabeça.”
Lauri: “Eu acho que muitas dessas conversas que zoávamos no início de carreira, essa ‘piração’, eram claramente causados pela euforia da situação e éramos um pouco indeterminados.”

VIAJANDO POR TODA A FINLÂNDIA

Lauri: “Em dezembro de 95 veio o primeiro EP e um milagre aconteceu, nós tínhamos uma música pra Rádio Máfia tocar naquele tempo, que era “Funky Jam”, eles puseram, e tocou muito, e imediatamente participamos de grandes festivais e tudo começou a funcionar como numa grande banda.”
Pauli: “Bem, a sensação era muito grande, não poderia ter sido melhor, porque, o que mais um jovem que gosta de rock pode esperar, e quatro gravadoras nos chamaram e disseram que queriam nos levar pra América e fazer um grande negócio. Nenhum de nós em minha opinião, esteve num festival, e no primeiro contato com isso nós tivemos que tocar pra “um” Ruisrock (enfatizando aqui um evento de grande porte).”

ESPOO 6.09.2005

O fotógrafo: “Poderia olhar só um pouquinho para a direita de novo?”
Ilkka Mattila, um repórter de música: “Nossa, é claro que a primeira coisa que pensei é que eles eram tão jovens, e eu acho que eles estavam no colegial, e bem, eu já tinha visto bandas novas antes, mas acho que não bandas assim como eles, que já estavam prontos, iam lançar um álbum e já tinham tantos shows e fãs, e tinha tanta coisa pra se falar sobre essa banda, que de um jeito ou de outro era tão especial.”
O fotógrafo: “Ok, vocês poderiam fazer mais uma pose, e alguém perto do espelho? Nós tiraremos algumas fotos pra Kerrang!. Um minuto e esta´ feito.”
Lauri: “Bem, foi dificil de segurar e muito mais de ficar com os pés no chão, eu acho que cada um de nós fez isso. Acredito que se passaram dois ou três anos com nós vivendo nesse mundo de fantasia, foi difícil lidar com trabalhos de escola, ainda estávamos na escola. Tivemos então que tomar decisões importantes como ‘agora vamos começar a fazer música o dia todo’.”
Pauli: “Certamente sobe à cabeça, especialmente quando o álbum ganhou disco de ouro e tudo mais. Pra quem tinha 15-16 anos, conseguir um contrato de gravadora, não manter a cabeça totalmente no lugar. Havia um show, eu não lembro o lugar, mas estávamos muito pirados, tão pirados quanto aquele show, que as pessoas nos perguntaram depois, por que tínhamos tocado “playback”. E então nós pensamos ‘hey, espera aí, nós realmente tocamos muito bem’ e o organizador do evento veio e nos disse ‘vocês conseguiram o dobro em pagamento porque tocaram muito bem’.”
Eero: “Eu acho que era difícil pra eu lidar com tudo, ainda tinha 16 anos e as pessoas agiam como ‘hey, eu vi você na revista’ e ‘você é esse cara’ e até mesmo estranhos me perguntavam coisas e vinham falar comigo. De certo modo era uma situação difícil, penso assim porque acabei me fechando e me tornei cuidadoso ao me dirigir às pessoas.”
Teja: “Esses garotos são tão sadios, têm boas famílias, bons antecedentes, como boa base, que sempre os manterá com os pés no chão. Eles mesmos dizem que têm sido um pouco arrogantes, mas eu acho que não.”

Eero: “Esta é “No Fear”, e o primeiro single do nosso novo álbum.”
Lauri: “Kaisaniemi!!”
Lauri: “Nós estávamos em Kuopio, comendo em Kuopio’s Rosso, e veio um jovem nada amigável me notificar assim ‘Garotos, fora daqui, não gosto nem um pouco dessas penas, vem brigar, nos esperamos vocês lá fora e nós veremos’, do lado de fora da janela você podia ver umas 150 pessoas dali de Kuopio com estacas e nós...” (fez um gesto tipo ‘tchau, tchau’)
Teja: “Essa coisa de ciúme finlandês é muito tradicional, sempre quando uma banda de adolescentes está no auge, e principalmente se é muito popular entre as garotas, é inevitável que esses colegas, um pouco mais velhos, e seus amigos, odiarão aqueles caras. Eu me lembro bem, em Helsinki, algumas vezes tive que brigar por Lauri, quando as pessoas começavam a ser grosseiras com ele.”

Lauri: “Minha conduta quanto ao dinheiro, realmente não mudou, eu sempre esbanjei tudo que ganhei, quer fosse 100 marcos ou 100.000 marcos, tudo vai. Eu sou assim, mas isso não me fez nenhum felizardo, ou vice versa, talvez isso me trouxe mais responsabilidade e tudo mais. Isto é conseqüência de muito trabalho de que nós finalmente chegamos até aqui, e é uma situação muitíssimo boa no momento porque eu posso sem preocupação alguma e de bem com a vida, fazer novas músicas e planejar meu futuro nesta banda , sem medo algum.”

TEMPOS RUINS

Lauri: “Quando Janne deixou a banda, foi em 99, eu acho (*foi sim Lauri*). A banda ficou um pouco arrasada, depois do terceiro álbum. As negociações estavam abertas, nós não tínhamos nenhum segmento claro, muitas aflições, naquele caso tínhamos tocado em clubes pela primeira vez, em Tulliklubi em Tampere por exemplo, devia ter entre 15-20 pessoas, e nós estávamos com o coração partido, tipo ‘nunca mais faremos outro “Ghostbusters” ‘ e nós todos estávamos muito arrasados.”
Janne Heiskanen (baterista da formação original): “Bem, talvez por causa da saída, o desgaste foi influenciado. Eu queria uma pausa de tudo, talvez uma viagem...mas não foi bem aceito pelo resto da banda, eles só queriam ‘não, nós vamos trabalhar mais ainda agora’.”
Lauri: “Bem, ainda era um tempo difícil, nós comemos peixe por meio ano mais ou menos, e era muito duro de se manter, mesmo em casa de aluguel pequena sem voltar para os pais, onde não se tinha permissão. De qualquer jeito, nós tentamos lidar com tudo isso e visitamos o centro de serviço social pra conseguir algum dinheiro...Mas é muito normal na Finlândia, nós não fomos os únicos que estiveram lá.”
Lauri: “O Glögi-drink do momento, humm, isso faz minha cabeça.”
Aki: “É, é verdade que naquele tempo, a carreira do Rasmus deve ter tido uma baixa quando eu entrei na banda, e na verdade muitos caras vieram até mim e me perguntavam ‘Por que você vai pra uma banda que acabou?’ e ‘você tem Kwan e Killer que estão indo bem’ e eu às vezes cheguei a pensar comigo mesmo ‘é, por que estou com uma banda que já era pra estar tudo certo’ mas então de novo, eu conhecia esses caras e o quanto eles eram ambiciosos e o quanto eles davam duro.”
Lauri: “Talvez estes momentos ruins nos ensinaram muitas coisas e deixou claro que isto pode acabar aqui, se nós não começamos a dar duro duas vezes mais. Nós tivemos os pés fora do chão durante os três primeiros álbuns, éramos muito jovens, começamos com 16 anos, tocando em festivais de imediato, e tendo garotas e bebidas à vontade, tinha tudo pra dar errado.”

O SUCESSO INTERNACIONAL

Aki: “Aqui é Aki e esse é Lauri e a banda, claro...”
Lauri: “The Rasmus.”
Lauri: “O contrato com a Playground veio como um presente do céu, bem na hora em que a banda estava com muitos problemas. Tudo aconteceu muito rápido. Lars Tengroth de Estocolmo nos ligou e disse ‘Estou interessado em sua banda, me faça um showcase (evento que mostra habilidades) agora, imediatamente pra Helsinki, estou chegando.’.E nós ‘Okay, onde podemos tocar pra Lars?’. Então conseguimos um lugar em Nosturi, como banda de abertura para Mike Monroe. E também o que foi uma grande surpresa para os fãs dele, quando nós ‘Umm, desculpa mas só uma coisa, estamos aqui pra fazer um show pra aquele cara, então façam aí uma meia hora de show.’ Então nós tocamos, e Lars veio imediatamente depois do show assim ‘muito bom, vamos ao contrato’ e tudo ficou bem de novo.
Lars Tengroth: “Minha primeira impressão foi ‘Wow, esses caras são muito jovens!!’ Porque eles eram!! Eles tinha 19 anos e eu lembro quando os encontrei na primeira vez. Totalmente seguros, saudáveis....Foi um super show, e tinham tanta energia no palco...e sentia que eles tinham realmente algo único, algo que você não encontra com freqüência, o fator X, é...se você tem isso como artista, será um ‘rockstar’.”

A MÚSICA

Entrevistador: “O 6º álbum do The Rasmus está aqui, Hide From The Sun, foi lançado em 12 de setembro, e finalmente eles estão aqui como nossos convidados mostrando seu trabalho mais uma vez.”
Lauri: “Antes de Aki entrar na banda, nós tocávamos meio que individualmente, cada um tinha um pouco de sua própria direção, era mais uma amostra de habilidades. Os três primeiros álbuns foram, cada um tocava o mais difícil que conseguia ou mais tempo possível. E quando começamos a tocar com Aki, começamos a tocar mais como banda juntos, como ‘agora vamos a essa música, vamos tocar com muita energia, juntos.”
Lauri: “Eu acho que nossa música tem algo de escandinavo, esta certa melancolia tem conduzido a banda por cinco anos, claramente. De um jeito ou de outro quando eu pego minha guitarra, é mais fácil nascer o menor som que o maior, é assim que a gente se sente.”
Seppo Vesterinen (empresário do The Rasmus): “Uma das forças do The Rasmus, é claro que, eles têm um certo elemento pop, o qual é muito atraente e um caminho do qual tem nascido muitos hits. Então, claro, uma atitude realística à que eles se direcionam.”
Lauri: “É!! Feeling muito bom do Apocalyptica, da hora!!”
Mikael Nord: “Até o final do dia tudo isso vem abaixo, essas músicas ‘detonam’. O que esses garotos escrevem de música é incrível. Sem essas músicas pra mim, poderíamos produzir até morrer, nada aconteceria. Muitos desses riffs soa muito finlandês pra mim, que obviamente os fez muito originais.”
Pauli: “Bem, a música In The Shadows nasceu em Vaasa, eu acho. Foi assim, nós tínhamos que checar equipamentos, e uma parte de nós ainda estava comendo em outro lugar, e era do palco direto pro restaurante, e acho que Lauri ainda estava na mesa quando começou esboçar essa música. Acho que tocou uns 10-15 minutos, e com a banda descobrimos o riff e então Lauri disse ‘Hey, eu tenho essa música, e eu a tenho ouvido assim ooh-oh-alguma coisa assim’ e então de repente nós ‘Yes, agora temos uma grande música’.”
Ilkka Mattila: “Não são muitas bandas que conseguem um trabalho intencional tanto quanto uma música de sucesso. Eu lembro que, eu os vi no verão de 2004, em Budapeste, nos festivais de Sziget onde devia ter umas 25.000 pessoas e a reação a essa música foi tão grande que ficou imediatamente claro que essa música é o hino obrigatório deles, e o porque eles se tornaram tão grandes.”

Lauri: “Hoje virão lugares extremamente quentes.”
Aki: “É isso aí.”
Pauli: “Agora vou colocar meus sapatos. É assim que vou pro show. Sapatos!!”
Lauri: “Se você olhar para as letras, cada álbum é uma parte bem diferente do meu diário. É muito engraçado ouvir o primeiro álbum quando eu canto raivoso por não poder entrar num bar ainda, e parecia a decisão certa naquela hora, fazer uma música sobre isso, e foi feito, e não posso me orgulhar disso hoje, isso foi uma coisa muito engraçada.”
Aki: “Antes do show você tem que se lembrar do bigode.” (põe uma fita no rosto de Lauri fazendo de bigode e tira)
Pauli: “Eu não tenho nenhum modelo real pra escrever música, e se eu tenho a guitarra em minhas mãos ou vou ao piano, nada acontece normalmente. Só algum tempo depois acontece. Já fiz uma música quando eu estava dirigindo de Nosturi e apenas comecei a sussurrar uma música. A meio caminho de casa pensei ‘hey, isso é uma música muito boa, o que é isso?’. Mas eu não conseguia achar um jeito de como isso seria minha música. Então eu tive que cantar por todo o caminho até em casa pra não esquecer isso, e eu dirigi o mais rápido que pude cantando a música o tempo todo. Aí eu corri pro estúdio e gravei .”

DYNASTY

Pauli: “A música tá pronta?”
Lauri: “Claro, só tem hits vindo por aí!!”
Pauli: “Nós conseguimos fazer muito juntos porque temos um tipo de competição entre nós, que um faz a melhor música. É uma competição muito saudável que um de nós sempre vence, sua música sempre será compartilhada...como..essa...

A MÍDIA

Lauri: “Uma pose para Playboy.”*Lauri brincando*
Lauri: “Não existe tanto os piores lados no sucesso, mas talvez existem alguns tipos de situações, que dá muita informação de você mesmo ao público e o faz se sentir desprotegido. Mas então tem que se lembrar sempre que se entra nessa profissão, terá responsabilidade sobre você mesmo do que faz...e... não suporto ler nessas revistas de certas pessoas, depois de um mês debaixo de refletores, começa chorar falando ‘é tão difícil’. Então só pode...acabar tudo...e...voltar...de onde veio. Portanto, você é o chefe de você mesmo nisso, e tem que ter responsabilidade do que faz.”
Lauri: “Há também alguns desapontamentos nesse meio...Agora, depois da turnê começada...demos algumas entrevistas e os comentários sobre isso não tinham nada a ver...foi entendido simplesmente como ‘Eu estou completamente apaixonado’ e qualquer coisa assim.” E alguém acaba se sentindo muito mal...me senti como ‘Eu fui enganado nisso’...é tão fácil, como, quando o álbum sai nas lojas, você pode falar de música porque tem muito assunto pra isso, e quando o álbum acaba de ser lançado, você pode dar algumas entrevistas. Mas depois de meio ano fazendo alguma coisa, ninguém está interessado em perguntar sobre isso, como ‘Como foi a turnê?’...mas eles só...querem saber sobre sua vida pessoal, e o entrevistador fica lá perguntando ‘Bem, tem muito pra se falar sobre sua música, e se falássemos de uma coisa totalmente diferente dessa vez?’ e então as coisas acabam indo para um lado errado.”
Entrevistador: “Rapazes, vocês tem lido os fóruns dos fãs? Coisas do tipo enquanto estão falando do Lauri....”
Eero: “É, um pouquinho, não muito porque é meio assustador.”
Entrevistador: “É, às vezes é. Como por exemplo, eles estão falando de como seria legal se Lauri fosse vampiro...”(Lauri faz uma assustadora, mas doce, expressão de vampiro)
Aki: “Nós sempre tivemos talvez muita educação, jovens, mas tentando ser perfeitos, então é difícil dizer ‘não’ a muitas coisas, e às vezes entramos em certas situações difíceis também, por exemplo, em uma entrevista, vem uma idéia totalmente estúpida...e nós ficamos tentando encontrar o marchpane (eu não consegui traduzir isso, me desculpem) em algum lugar na Alemanha, tentando cheirar o ar, como se o marchpane fosse a melhor coisa da cidade...eemnhhn, e não há nada engraçado nesse tipo de coisa.”
Aki: “Eventos da MTV e outros tipos de coisas deveriam estar cientes, de que nós não entramos nessa sempre, de ter um tapete vermelho onde tenho que passar com as mãos pra cima dominando a situação. Basicamente ainda somos garotos muito tímidos, e, muitas vezes são passagens muito rápidas disso e é impossível lembrar de todas as entrevistas.”
Entrevistador: “Daqui a pouco no estúdio The Rasmus!!”
Lauri: “Quanto mais popular você é, mais estará sujeito a criar suas próprias regras. De certo modo, mesmo antes de uma entrevista, nós costumamos fazer certas mídias pra saber tipo ‘os garotos não falam sobre isso’ que é muito mais um diva-going (bem, eu entendi como uma busca notável, ou algo assim, então preferi deixar como está) mas é isso que nos mantêm dentro do senso.”

Milão – 9.11.05

Ilkka Mattila: “A vida íntima das celebridades me interessam muito pela mesma razão da vida íntima de atletas e políticos. Em partes dever pelo modo de como as pessoas pensam, e músicos de qualquer maneira controlam a publicidade muito bem, porque músicos querem aparecer na mídia, sem nenhuma dúvida, e eles não voltarão mais ao velho posto. Como um ‘rockstar’ é interessante somente quando ele está fazendo alguma loucura (estúpida). E agora preferimos ser ambiciosos e mostrar em público que podemos controlar essas coisas e sermos profissionais, e também pressionar mais, que temos que encontrar algo estranho e interessante desses ‘rockstars’, que eles não se pareceriam com engenheiros ou alguma coisa assim...e o porque as pessoas querem saber se eles tem alguma coisa em suas vidas íntimas, alguma coisa interessante e escandalosa.”

Ville: “Neste trabalho há tão pouco tempo pra dormir que requer muita habilidade pra ser capaz de dormir nos ombros de Lauri.”(brincando)
Lauri: “Eu sou muito covarde nesse caso, e tento evitar muito...lendo essas coisas...me sinto muito mal quando as coisas que eu disse foram mudadas depois...Talvez eu gostaria de viver em tipo de mundo feito de algodão...eu posso trabalhar melhor e continuar fazendo as coisas quando não sei de todas essas coisas.”

A IMAGEM

Tuomas&Juuso TV Show – 8.12.05

Lauri: “Ohh, oi, oi homem!!”
Aki: “Você quer um presente?”
Lauri: “Que presente?”
Aki: “Uma escova de dente, ahah!!”
Lauri: “Hah, o companheiro sabia que eu acordei às 7 da manhã e me trouxe uma escova de dente!! Isso é o que podemos chamar de amizade!!Hah!!”

Lauri “Todo mundo tem especulado sobre ‘Bem, você está de preto, quem falou pra você se vestir assim?’ e no caso é uma coisa que temos com nós mesmos, aos poucos começamos a usar a cor preto, não existe nenhuma explicação extraordinária, aconteceu naturalmente...”
Pauli: “Lauri é quem mais gosta de criar essa imagem e vem tão naturalmente, não existe estilista nisso, e sempre foi assim.”
Seppo Verterinen: “Bem, se a imagem nasce sozinha, naturalmente, então claro, isso dá personalidade e cria carisma etc. Mas a construção da imagem deve acontecer por meio natural, por isso não será a última.”

Ilkka Mattila: ”Pessoalmente eu acho um pouco engraçado pensar que eles parecem rockstars com cabelos tingidos de preto como muitas bandas se parecem. De algum modo eu penso muito comigo mesmo que teria no The Rasmus esses tipos de traços que poderiam ser vistos também na aparência deles, como nos dias de hoje...alguma coisa fora do contexto se encaixaria bem com eles. Eu acho que eles são capazes disso e ambição pra fazer um estilo de música que não tem muitos arranjados e, o arranjo pode ser visto também na imagem deles e na música...Eu não ficaria tão surpreso, se algum dia a banda aparecesse diferente no visual, é mais como um reflexo deles, como ambições musicais.”

DIFICULDADES

Tampere – 14.19.05

Pauli: “Eu realmente não vejo muitos lados ruins nessa carreira, eu não tenho pelo menos, sendo eleito pra ser o único centro das atenções, Lauri, deve ter uma visão diferente disso tudo. Eu entendo muito bem que os fãs estão atrás de nossa porta com alguma câmera, e ele poderia ficar estressado, e se sentiria mal com isso depois. É muito fácil pra mim como guitarrista e compositor poder caminhar em qualquer lugar, pra finalizar, ninguém me reconhece.”
Eero: “Mas é claro que isso também é duro, ficamos por alguns meses fora longe de casa e principalmente quando você tem crianças, uma mulher, é muita responsabilidade. Isso corta você, quando sai de casa e seu filho fica lá chorando na sua varanda. Eu acredito nisso, algum tipo de princípio generoso como costumava ser antigamente, de quando o homem deixava o lar pra derrubar árvores, ele trabalhava por meses e então voltava pra casa e trazia o dinheiro com ele...E então, a vida continua.”
Lauri: “É, nós fomos apedrejados no Reading Festival, na Inglaterra, o que deveria ser o melhor momento da minha vida, tocar naquele palco sem questionar. Eu esperei por isso durante anos e então finalmente estávamos no palco, e de repente não havia como ter negócio ali. E foi muito estranho, e também semanas depois ...eu falei o que sentia disso com Ville e ele apenas ‘ahh, nós tivemos que encarar exatamente as mesmas coisas, que, vocês superarão isso, continuem com o que fazem’ e estes tipos de coisas se tornam um milhão de vezes mais aceitável e algum cara de cima diz ‘bem, isso será muito bom’ porque pessoas que estiveram na mesma situação também, sabem melhor o que estão falando.”
Lauri: “Quase não tivemos muito tempo de sobra, mas quando você tem estes tipos de dia, então, muitas vezes fiquei em minha cabana de verão onde eu passei minha infância e até mesmo cinco minutos lá é suficiente pra aliviar minhas pressões...de algum modo volto imediatamente para o mundo inocente da infância. E mais que isso, eu tenho aprendido meus próprios limites e agora posso dizer que se eu tiver oito entrevistas e estiver totalmente exausto, eu posso então ligar por Aki e ‘hey, já, eu não posso ir, por favor, vá por mim’ e ele vai! E a mesma coisa com ele. Nestes tipos de coisa eu notei que tem ficado melhor, como agora, que teremos uma única folga do mês.”
Lauri: “Um turista solitário aqui...mamãe, eu fui em Milão, olhe!”
Lauri: “São frequêntes os dias em que estou muito cansado e sinto vontade de não ver ninguém e ainda tenho que viajar pra outro país e ser receptivo...e...um cara bêbado que viaja ao seu lado num avião e você não pode escapar deste vôo, e são sete horas de vôo e ele apenas senta e resmunga com sua ressaca perto de mim, e minha cabeça parece que vai explodir. Então, você tem que fazer o que gosta, pra chegar fisicamente e mentalmente bem em casa.”

OS FÃS

Lauri: “Bem, essa história das pessoas te reconhecerem nas ruas, ou em um bar, parece bem normal, e quando você chega num aeroporto, tem um comitê de recepção no local. Isso também é muito normal, e eu não me sinto mais surpreso com isso. Provavelmente até esse momento, quando eles não estiverem mais lá algum dia, eu me sentirei estranho. Eu vivi por tanto tempo em um mundo notável de fantasia, um pouco fora da realidade, que certas coisas não foram inteligentes.”
Fã: “Eu acho que eles são diferentes. São diferentes dos outros por causa das penas.”
Outro fã: “A voz de Lauri é melodiosa e por isso é muito especial.”
Mais fãs: “Nós somos de Nosturi, e Rasmus fará um show aqui amanhã à tarde e nós estamos fazendo fila. Queremos ficar bem na frente! Você vê tudo de lá e provavelmente consegue um pouco de contato com a banda e vice-versa. Ali na frente é bem legal e quando as pessoas chegam muito cedo, você quer ter certeza de que conseguirá isso.”
Lauri: “Na verdade, é uma profissão egoísta, que você dirige suas próprias coisas em qualquer caso. As músicas falam sobre você mesmo, tira fotografias, e vê você mesmo nas páginas de revistas, e tudo que gira em torno de você.”
Uma fã em choque: “Eu estou em choque nesse momento porque tive contato com eles. Eu fiquei sem reação...Não consigo dizer nada...Estou tremendo muito...Tirei uma foto, eu sou uma garota de sorte!”
Lauri: “Às vezes é um pouco engraçado, alguns fãs saem um pouco da realidade adorando um artista. Até criaram uma religião na Alemanha, por exemplo, muitas pessoas são membro disso...e isso vai muito além da minha compreensão, e eu nem quero saber que tipo de rituais são feitos nesses lugares.”
Outra fã: “Bem, eu achei que tinha um pouco de gótico dentro de mim, e eles conseguem fazer música como anjo. E eu percebi que era sobre mim. E eu senti isso...que se conhecesse eles pessoalmente, me entenderiam.”

ÚLTIMAS PALAVRAS

Lauri: “Hey, eu consigo cantar com isso! Isso basta!”
Alguém: “Vamos apertar isso.”
Lauri: “Eu achei que não conseguiria respirar com isso.”

Pauli: “Nós sempre fomos loucos, e drogas nunca teve nada a ver com isso, e nem álcool. Não somos loucos por causa de narcóticos ou qualquer coisa assim, mas porque ser louco é muito bom! É bom demais pra nossa banda, porque estamos viajando o mundo e nenhum de nós está usando ‘cannabis’(tipo de droga que se fuma ou ingere) ou algo assim...nada de drogas. Álcool às vezes temos, mas agora nada de álcool nas turnês.”
Lauri: “Na verdade eu nunca pensei sobre nas consequências de meus atos. Como, se eu faço algo errado, eu na penso primeiro que alguma criança fará isso depois. De certa maneira eu encorajo as pessoas a tentarem algo diferente pra seguir além de colocar penas na cabeça também.”

Lauri: “Aki....agora você pode ir ao palco.”
Aki: “É isso...um bom momento agora, mesmo?”
Lauri: “Pode ir agora, de pouquinho em pouquinho, para o show.”
Aki: “Eu devo...devo ir com meu frasco aberto?”
Lauri: “Por favor, vamos, agora. As pessoas já estão prontas, Aki!!”
Aki: “Um pouco mais.”(de pétalas)

Lauri: ”É claro que tivemos benefício com o sucesso do HIM, e HIM teve altos e baixos, e tivemos de evitar certas coisas que HIM fez primeiro, e isso trouxe experiência pra Seppo e certas coisas foram colocadas de lado antes de termos perguntado sobre isso.”
Aki:”Você tem que estar preparado pra trabalhar e tem que estar disponível o tempo todo e você não pode anunciar ‘estarei um mês de férias agora’, que é impossível. Você realmente tem que estar pronto pra trabalhar em sua carreira. Bem, claro que nem sempre dá certo, mas esteja disponível.”
Eero: “E acho que continuaremos fazendo isso pelos últimos anos, e pelo menos agora parece que todo mundo está satisfeito com isso e eu na acredito não seremos o tipo de banda que acabaria por causa de algum problema de dentro da banda.”
Pauli: “O segredo do sucesso de nossa banda, de minha opinião, é que tentamos ser verdadeiros demais, que significa que não tentamos forçar nada, pois isso vem do coração e na tememos sonhar e somos extremamente felizes com isso tudo em que estamos agora, e quando pensamos em nossos sonhos, não alcançamos nada ainda.”
Lauri: “Bem, se a popularidade caiu, bem...você na pode pensar assim ‘e o que faremos agora’ porque raramente tem se pensado demais em sua própria vida, que ‘este é meu “plano B” se isso não for do jeito que pensei, então farei do meu jeito’. Em minha opinião isso é uma grande passagem da vida pela qual estamos fazendo.”

Obrigado à YLE por fazer este grande documentário!
Obrigado a todos por tornar esta lengenda traduzida!
Finalizando, muitíssimo obrigado a você Lauri,Pauli, Aki, Eero – NÓS AMAMOS VOCÊS
The Rasmus, apenas continuem como vocês sempre foram, fazendo estas surpreendentes músicas! Vemos vocês no palco!

Tradução Eliana Lara Delfino